Deutsche Gesellschaft
für Medizinische Informatik,
Biometrie und Epidemiologie e.V.

Critérios de Qualidade para Publicações Eletrônicas em Medicina

 
 
S. Schulz, R. Klar, T. Auhuber, U. Schrader (Abteilung Medizinische Informatik, Universität Freiburg),
A. Koop (Institut für Medizinische Statistik, Informatik und Epidemiologie, Universität Köln),
R. Kreutz (Institut für Medizinische Informatik, Klinikum Aachen), 
R. Oppermann, H. Simm (GMD-FIT, St. Augustin)

01.02.1999
 
 
 

Este catálogo de critérios de qualidade para publicações eletrônicas em medicina foi elaborado pelo grupo de trabalho "CBT" da Sociedade Alemã de Informática Médica, Biometria e Epidemiologia (GMDS). É o resultado da experiência a longo prazo dos autores com a mídia eletrônica. 

A motivação para este catálogo foi nossa percepção de que muitos destes produtos não foram ainda desenvolvidos a um nível satisfatório de qualidade. Nosso apelo para a melhor qualidade baseia-se na pressuposta de que as chances de sucesso das publicações eletrônicas estão no valor acentuado de motivação e eficiência, tendo em vista a informação médica e a aquisição de habilidades e conhecimentos médicos. 
Nossos critérios não devem ser interpretados como "critérios absolutos". Representando, preferencialmente, uma finalidade do ponto de vista dos usuários, (ou clientes), nossas observações destinam-se a serem diretrizes para desenvolvimento de Software, bem como uma base para a elaboração de catálogos de avaliação. Enfatizamos que o conjunto de critérios a serem usados é essencialmente projeto ou produto específicos. 

No texto que se segue, a formulação comum de critérios de qualidade é específica para aplicativos médicos. Queiram observar que isto não influencia a aplicabilidade de critérios de qualidade a outras áreas. Muitos itens podem ser, sensatamente utilizados apenas para aplicativos didáticos, outros somente para programas de multimídia etc.. Isto pode ser normalmente compreendido conforme o contexto no qual se encontra um item. 

Muitos itens surgem de exemplos negativos concretos. Isto influenciou o grau de detalhe do catálogo. Embora alguns critérios possam parecer triviais, foram incluídos porque são desconsiderados freqüentemente, resultando em sérias conseqüências negativas e debilitantes para o usuário. "Contrastivamente", lidam-se com alguns aspectos, de modo mais geral, pois não são específicos para publicações eletrônicas em medicina e existem outras diretrizes e critérios de qualidade(por exemplo, produção de mídia, validade de conteúdos médicos). 

Este catálogo nada declara quanto ao valor do uso de publicações eletrônicas em currículos de enfermagem ou médicos, em educação do paciente ou no lugar de trabalho de profissionais de saúde. Se for considerado um uso curricular de publicações eletrônicas ou for planejado o desenvolvimento de Software educacional, devem ser analisadas a relevância e utilidade de tal projeto e deve ser estabelecido um conceito de implementação antes de serem considerados os critérios de qualidade. É necessário levar-se em conta considerações semelhantes, caso se pretenda usar publicações eletrônicas em ambientes de trabalho médico. 

Este catálogo não aspira ser completo. A proporção que surjam novas tecnologias e influenciem como possam ser implantadas estratégias educacionais (CBT etc.), este catálogo deve ser atualizado. Sintam-se com liberdade para conectar, com esta finalidade, a stschulz@uni-freiburg.de para sugestões e referências bibliográficas. 

O capítulo introdutório que se segue, define alguns termos, antes que o próprio catálogo comece no capítulo dois. 
 


1. Definição

Devido à tecnologia do CD-ROM e à INTERNET, há um número rapidamente crescente de publicações eletrônicas médicas disponíveis ao público. As divisões anteriores entre programas de CBT (Treinamento Baseado em Computador), Bancos de Dados Médicos, KBS (Sistemas Baseados em Conhecimento) e Livro-Texto Eletrônicos tendem a desaparecer com o advento do hipertexto e o paradigma multimídia. Como uma conseqüência da padronização de plataformas, meios de armazenamento, protocolos de comunicação e canais de distribuição, nós definimos Publicações Eletrônicas em Medicina (EPMs) como segue: 
  • O assunto dos EPMs é o conhecimento genérico relacionado com a saúde, do ponto de vista teórico e prático;
  • O público-alvo deste princípio são profissionais e estudantes no setor de saúde, bem como outros grupos interessados em medicina, por exemplo, pacientes interessados;
  • As metas das EPMs são promover e reivindicar a aquisição , consolidação, disseminação e atualização de conhecimento teórico e prático;
  • O termo "Publicações Eletrônicas em Medicina" pressupõe facilidade de acesso público. Isto inclui produtos de domínio público e comercial, e independe dos canais de difusão (WWW, CD-ROM).
Diferenciamos EPMs de outros Software usados no setor de Saúde, tais como: 
  • Aplicativos eletrônicos que não transmitam conteúdos específicos relacionados com saúde (processadores de texto, Software de apresentação, expert shells);
  • Componentes de sistemas de informação hospitalar para administração de dados relacionados com pacientes;
  • Pacotes administrativos para análise de dados administrativos e médicos;
  • Meios semi-eletrônicos ou eletrônicos que usam tecnologias análogas, tais como, fitas de vídeo, fitas de áudio ou slides.
O catálogo não oferece critérios para os seguintes possíveis elementos de EPMs: 
  • Dispositivos especiais de entrada e saída e sua influência no controle de programa, desde que sua disponibilidade não possa ser levada em consideração (Hardware);
  • Ambientes para aprendizagem cooperativa e distribuída;
  • Ferramentas que permitam ao usuário editar ou manipular o conteúdo da publicação.


2. Critérios de Qualidade

O Desenvolvimento de bases EPMs exige:
  • Competência de domínio;
  • Competência em engenharia de Software;
  • Competência em mídia;
  • Competência em design;
  • Competência didática.
O catálogo de critérios divide-se nos conteúdos de Subtítulos, Aspectos Técnicos, Codificação de Informação e Modalidades de Apresentação, Ergonomia e Design, Diálogo e Didática. 

2.1. Conteúdos

Os critérios de qualidade que se aplicam aos conteúdos dos EPMs são principalmente os mesmos para publicações convencionais. 

2.1.1. Autoria

  • Os conteúdos são apresentados correta e de forma abrangente;
  • O conteúdo é adaptado ao público-alvo especificado;
  • Opiniões pessoais são explicitamente marcadas;
  • Autores, editores, datas de publicação e números de versões são documentados;
  • Conteúdos médicos estão ligados a esquemas de codificação existentes e nomenclaturas profissionais;
  • Os conteúdos são mantidos atualizados através de modernos periódicos. Sistemas baseados em conhecimento são periodicamente atualizados por especialistas no setor;
  • Publicações comercias são ou interna ou externamente revisadas e avaliadas como em prática científica profissional normal.

2.1.2. Requisitos Formais

  • Publicações comerciais são listadas e podem ser recuperadas pelo seu número ISBN;
  • Informações de direitos autorais são disponíveis;
  • Acordos de autorização contêm informação e permissão explícitas no que diz respeito a operação por multi-usuários, empréstimo e aluguel ou compra.

2.1.3. Referência a Público-Alvo

  • Público-alvo, habilidades de pré-requisitos e objetivos de aprendizagem são adequadamente especificados;
  • Se qualquer conhecimento de computador for necessário, o tipo de conhecimento e sua quantidade são claramente especificados;
  • O alcance e profundidade dos conteúdos são perceptíveis;
  • Onde houver currículos padronizados, referendados em Software educacional.

2.2. Aspectos Técnicos

2.2.1. Plataforma

  • O aplicativo é desenvolvido para os sistemas de computadores disponíveis entre os público-alvo. Primordialmente os sistemas mais comuns têm suporte para garantir um uso tão disseminado do aplicativo quanto possível;
  • Os requisitos do sistema e as restrições do Software são claramente identificados;
  • Os aplicativos usam uma só resolução gráficas (isto é, resolução fixa ou gama de cores) se inevitáveis;
  • Uso simultâneo em sistemas operacionais de multi-usuários é levado em consideração.

2.2.2 Restrições do Hardware

  • Hardware melhor do que o mínimo necessário (monitor, drive de vídeo) não prejudica a qualidade da apresentação;
  • Hardware inferior ao esperado, ocasione uma advertência a ser apresentada.

2.2.3. Instalação de Software

  • O aplicativo pode ser iniciado diretamente do "drive" sem uma rotina de instalação;
  • O aplicativo roda sem modificar a configuração do sistema operacional;
  • Não há nenhuma necessidade de boot do sistema do computador ou modificação manual da configuração para iniciar a aplicação pela primeira vez;
  • Onde não possa ser evitada uma rotina de instalação, todas as modificações do sistema são claramente documentadas e uma rotina para desinstalação estará disponível;
  • O Software pode ser instalado em servidor de arquivo sem necessidade de instalações separadas de clientes;
  • O Software roda como um aplicativo normal de cliente/servidor, com clientes de diferentes plataformas (o que se aplica principalmente a banco de dados).

2.2.4. Performance / Flexibilidade / Características de Tempo de Execução / Interfaces

  • O aplicativo é estável, sólido, confiável e com bom desempenho;
  • No caso de aplicativos destinados a carregamento de informações rápidas, a demora é minimizada;
  • Onde não possam ser evitadas demoras consideráveis de resposta, são apresentadas advertências;
  • Os ajustes estabelecidos pelo usuário, dados e extensões (por exemplo, anotações) estão disponíveis para cada usuário independentemente 
  • Uma função de salvamento automático preserva dados do usuário, registrados durante a execução do programa, em intervalos curtos;
  • Interfaces com sistemas complexos, tais como sistemas de informação hospitalar ou sistemas de retenção de textos, são bem definidos e suficientemente documentados.

2.2.5. Critérios Específicos para Publicações Eletrônicas baseadas na Internet 

  • Há um acorde sensato entre facilidade de operação, design de uso simples e performance de tempo de execução do programa. São levados em consideração os índices realistas de transferência de dados;
  • Imagens grandes podem ser vistas antecipadamente ("thumbnails");
  • Módulos de segurança devem ser vistos com cuidado, o uso de Plug-ins somente no caso de não haver alternativa melhor;
  • Módulos disponíveis na Internet que não dependam de comunicação em tempo real, têm a opção de dowload de todo arquivo para uso off-line;
  • Combinações inteligentes de elementos on-line e off-line com a intenção de reduzir os custos de uma comunicação, Têm aprovação, tanto quanto possível, quando o conteúdo permitir;
  • Quando se pretende estabelecer novas "ligações" a outros documentos na Internet, informa-se ao usuário como retornar ao documento original. Um controle de retorno estará sempre disponível;
  • Aquelas páginas que pertençam a uma publicação definida baseada na Internet, contrastam por sua aparência, com outras páginas, a fim de minimizar o risco de se perderem;
  • Novas janelas para se examinar, somente são abertas se houver necessidade verdadeira e não ocorrem de maneira imperceptível. É melhor manter uma nítida diferença de estilo entre as janelas principais e todas as secundárias;
  • Devido ao conteúdo "volátil" dos documentos disponíveis na Internet, e as relações entre estes documentos da WWW interna e externamente modificados com freqüência, a data de atualização mais recente encontra-se em cada página e as modificações são documentadas. A consistência de ligações externas é garantida pelo autor.

2.3. Codificação de Informação e Modalidades de Apresentação

2.3.1. Texto

Geralmente, o texto é mais fácil de ser lido no papel do que na tela. Portanto, a publicação baseada no computador, de grandes quantidades de texto sem funcionalidade adicional, deve ser justificada pela disponibilidade, informação atualizada, necessidades de retenção e custos, ou outros requisitos que não são atingidos, se publicados exclusivamente em forma baseada em papel. 
2.3.1.1. Meta Informação
  • O tamanho total da publicação é transparente;
  • Para cada unidade de texto (capítulo), o total de número de páginas é indicado;
  • Uma ordem hierárquica de elementos no documento tem suporte de um sistema lógico de numeração;
  • Se existir mais meios de classificação, são claramente apresentados e podem ser facilmente acessados. Um deles é o default.
  • Meta-Informação, tais como, autores, número de versão e sumário podem ser vistos a qualquer momento sem precisar deixar a página corrente.
2.3.1.2. Aspectos Formais 
  • Os conteúdos são expressos concisa e de forma compacta.
  • Os textos são ortográfica e gramaticalmente corretos e estilísticamente consistentes, com pontuação correta;
  • Os elementos de documentos compostos podes ser acessados seletivamente (por exemplo, para imprimir, salvar, enviar).
2.3.1.3. Layout 
  • Layout, escolha do tipo de fonte e formatação mostram consistência;
  • Quantidades maiores de texto usam fontes fáceis de ler, enquanto unidades pequenas e incrementadas de texto podem mostrar uma tipografia mais individual e criativa;
  • Sistemas de auxílio não aparecem com telas cheias de texto. Evita-se rolar um documento por uma janela, tanto quanto possível, e segue-se a regra de "um tópico, uma janela" sempre que houver possibilidade.
2.3.1.4. Acrônimos, Termos Especiais 
  • O uso de acrônimos limitam-se a aqueles comumente compreendidos quanto ao assunto ou área de especialidade;
  • Onde se der ênfase especial ao treinamento ou retenção de termos estrangeiros, estará disponível um suporte acústico de pronúncia ou pelo menos, será dada uma soletração fonética usando-se o alfabeto fonético internacional (IPA);
  • Raramente termos usados são explicados por um glossário ou um dicionário. Um glossário pode ser oferecido ao usuário.
2.3.1.5. Hipertexto 
  • Uma aplicação baseada em hipertexto tem poderosas ferramentas de orientação que podem ser usadas para navegar intuitivamente e inteligentemente através dos aplicativos;
  • O "hiper-espaço" da publicação pode ser visualizado graficamente. Acesso direto à informação sobre as ferramentas de orientação é fornecido;
  • "Links" são usadas cuidadosa e parcimoniosamente. A semântica das "Links" é explicada (endereços, URL);
  • Onde leitura seqüencial não possa ser pressuposta, são evitadas referências textuais implícitas a objetos de discurso anterior ou tornadas explícitas por "Links" (como no uso freqüente de pronomes ou frases como: "veja acima" etc.);
  • Organizadores avançados (páginas de índices com muitos "Links") contrastam estilísticamente com páginas de textos (poucas ou nenhum "Link");
  • Apresentações tornam nitidamente claro se oferecem elementos livremente conectados (menus, índices) ou se devem ser reconhecidas como um todo, documento auto contido;
  • O Layout de "pontos visitados" contrasta (normalmente pela cor) com o de outro, de ligações ainda não visitadas;
  • Os caminhos percorridos durante a navegação individual são registrados em um "histórico" que pode ser vista avançando-se ou retrocedendo-se;
  • Recursos de marcação dos sites preferidos "Bookmarks" e funções de blocos de notas são fornecidos. 
2.3.1.6. Recuperação
  • Os usuários podem buscar o conteúdo completo da EPMs com ferramentas eficazes de recuperação. Estas ferramentas levam em consideração o comportamento e requisitos do usuário e, como uma opção, adaptam-se aos interesses do usuário durante o tempo de execução do programa;
  • As ferramentas de recuperação dão suporte tanto a buscas baseadas índices quanto às baseadas em texto livre. Elas podem ser ampliadas com operadores booleanos e dados brutos Marcadores de páginas configuráveis;
  • Os resultados de retenção são classificados por relevância;
  • O uso de ferramentas de retenção é explicado por um auxílio abrangente "on-line" com exemplos;
  • Métodos de retenção têm possibilidade de processar sinônimos;
  • Os métodos de recuperação consideram que termos médicos nem sempre estão de acordo com normas ortográficas.

2.3.2. Gráficos, Animação, Fotografias, Seqüências de Vídeo e Áudio 

A qualidade de elementos gráficos, imagens, seqüências de vídeo e áudio estão de acordo com padrões profissionais. 
2.3.2.1. Gráficos e Fotografias
  • A escolha de resolução de imagem/gráfico e profundidade de cor é contida, por um lado, pelo conteúdo e por outro lado, pelo Hardware e Software comumente disponíveis entre o público-alvo . Apesar destes comprometimentos, as imagens devem ser capazes de reproduzir informação significativa;
  • Imagens em zoom oferecem mais informação visual do que uma ampliação simples de pixels isolados;
  • As imagens são rotuladas com observações singulares, independentes do contexto.
2.3.2.2. Animações e Seqüências de Vídeo
  • Animações e vídeo clips são usados principalmente para aumentar a aceitação da informação e onde transmitam informação melhor do que com imagens silenciosas ou textos;
  • Animações e vídeo clips podem ser usados para produzir efeitos humorísticos ou dramáticos no contexto de um design totalmente bem planejado de interface do usuário. Não produzem demoras indesejáveis ou interrupções de seqüências didáticas;
  • Seqüências de abertura e fechamento de tipo cinematográfico, quando usadas, podem ser puladas ou desligadas;
  • É melhor empregar seqüências de vídeo somente quando, o computador do usuário tiver capacidades gráficas de performance bastante elevada em que se possa confiar. Quando isso puder ser garantido, há o perigo de que o conteúdo do vídeo possa ser considerado como de pouca utilidade ou amadorístico e conseqüentemente, pode não ser levado a sério.
2.3.2.3. Recursos de Áudio 
  • Sempre que os fenômenos de acústica médica (auscultação, percussão etc.) devem ser retratados, o uso de áudio clips, não só textos ou representações gráficas, é bem-vindo e importante.
  • Trilhas sonoras, da mesma forma que as seqüências de vídeo são usadas somente quando motivam interesse ou promovam concentração sem causar distração indevida;
  • Volume e tom podem ser ajustados ou ligados/desligados;
  • Seqüências faladas podem ser opcionalmente apresentadas como texto escrito na tela (como em subtítulos) e podem ser retidos. O texto que já tenha sido escutado, marca-se desta forma na tela do monitor.
2.3.2.4. Interação entre diferentes Modalidades de Apresentação 
  • Conteúdos, público-alvo, e conceitos didáticos determinam que meios são os melhores que se adaptam ao projeto;
  • Quando seqüências passivas requerem a atenção adicional do usuário, o tempo aproximado necessário para a seqüência é indicado antecipadamente;
  • No início de um aplicativo, os usuários são informados dos meios que encontrarão;
  • Diálogos extensivos, pré-formulados (médico-paciente etc.) não só são apresentados como texto escrito, mas também estão disponíveis como documentos de áudio e apoiados por imagens ou vídeos, quando apropriados;
  • A divisão entre elementos ativos: exame casual, simulação, diálogo didático; e elementos passivos: som, vídeo, apresentações tipo slides, leitura de texto simples, é discernível dentro do aplicativo;
  • Seqüências passivas mais longas são iniciadas ativamente pelo usuário e podem ser interrompidas e abortadas a qualquer momento. Há vários pontos e reentradas nos quais a seqüência podem ser reiniciada;
  • Desviar entre seqüências ativas ocorre de um script ou conceito que seja plausível para o usuário;
  • Apresentação complementar de informação (por exemplo, texto falado acompanhando uma animação) é usada para aumentar a compreensão. Em aplicativos didáticos o uso de formas diferentes de apresentação têm preferência em vez de mera apresentação textual, sempre que isto dê suporte à compreensão.

2.4. Ergonomia e Design 

Em numerosas recomendações GUI (interface gráfica ao usuário) com orientações detalhadas — ocasionalmente mesmo contraditórias — podem ser encontradas. Estes não serão repetidos como itens nesta dissertação. Por outro lado, nossas recomendações, que são de relevância especial para EPMs (e que freqüentemente são ignorados) serão discutidos. 

2.4.1. Pedidos Básicos 

  • Para a operação do sistema / aplicativo pressupõe-se que nenhum conhecimento de processamento especial de dados seja exigido do usuário;
  • O aplicativo pode ser terminado de qualquer lugar a qualquer hora;
  • A interface do gráfica do usuário leva em consideração os padrões usuais GUI, com quais os usuários estão familiarizados;
  • Quanto maior a necessidade de interação, tanto mais importantes serão as convenções GUI ;
  • A Função básica é auto-evidente — mesmo sem treinamento prévio ou a consulta da Ajuda on-line;
  • As funções do mouse podem também serem iniciadas com "teclas de atalho";
  • Raramente funções necessárias têm possibilidade de serem chamadas usando-se a barra do menu padrão ou menus suspensos, dependendo da plataforma do computador.

2.4.2. Elementos de Controle

  • Ícones e botões usam metáforas plausíveis;
  • A funcionalidade de um controle é facilmente compreensível;
  • Aspectos e elementos de design de Software padrão usado pelo público-alvo na vida cotidiana (suites de Software, navegadores da Web, aplicativos de Correio Eletrônico, funções de sistema operacional etc.) são, tanto quanto possível, integrados no design da interface do usuário. Isto inclui funções como:
    • Ferramentas de navegação para hipertextos;
    • Controle para apresentar áudio e vídeo;
    • Configurações estabelecidas pelo usuário;
    • Operações com arquivos;
    • Funções de recuperação;
    • Funcionalidade dos botões do mouse;
    • Posição de tecla de função.
  • O número e variedades dos controles são limitados ao mínimo necessário;
  • Os elementos de controle estão sempre no mesmo lugar e têm a mesmo aparência através de todo aplicativo. Controles inativos permanecem visíveis, mas definitivamente podem ser detectados como inativos (por exemplo, sombreados ou acinzentados);
  • Elementos de controle de apresentações áudio-visuais podem ser operados intuitivamente (metáfora com os botões do gravador cassete);
  • Itens clicáveis podem ser facilmente reconhecidos.

2.4.3. Layout da Tela

  • Layout de tela é nítido;
  • Nas áreas padronizadas da interface do usuário, o mesmo tipo de informação é sempre encontrado;
  • Janelas demasiadas abertas ao mesmo tempo o devem ser evitados.

2.4.4. Design Colorido

  • O design colorido das bases do texto, formas de entrada e elementos de controle é discreto e moderado. Não prejudicam a capacidade de ler o texto e a utilização da informação por imagens;
  • A cor é usada economicamente e nunca como portador exclusiva de informação;
  • Em consideração aos usuários daltônicos, as combinações como vermelho / verde ou azul / violeta, especialmente para textos e símbolos devem ser evitadas. Recomenda-se emoldurar-se um campo colorido com uma linha preta para o reforço do contraste;
  • O simbolismo da cor é consistente.

2.4.5. Sistema de Ajuda

  • Operação de elementos de controle e lógica são descritos em um sistema de auxílio on-line;
  • Documentação completa também está disponível on-line ou recuperável do aplicativo;
  • Textos de ajuda podem ser impressos;
  • Textos de ajuda são interligados, têm texto ativo (com hipertexto) e dispõe de um índice;
  • Uma vez que os sistemas de ajuda on-line são publicações eletrônicas, os critérios especificados neste catálogo se aplicam a eles também;
  • A presença de um manual impresso não é necessariamente um critério de qualidade. Contudo, onde houver tal manual, é compreensível e criteriosamente esquematizado. O manual tem uma estrutura clara com um índice de conteúdos e um glossário.

2.5. Diálogo e Didática

  • Com EPMs, que não sejam puramente assistenciais, os componentes de aprendizagem são singularmente distintos de outros capítulos da publicação;
  • Tarefas de aprendizagem são claramente esquematizadas detalhando seu conteúdo e um tempo de aprendizagem avaliado;
  • Os materiais de ensino são dispostos em módulos próprios. Os objetivos de aprendizagem são especificados para cada módulo.

2.5.1. Acquisição do Conhecimento

  • Uma vez que o conhecimento a ser adquirido atinge seu significado só pela integração com fatos conhecidos, os conceitos básicos, nos quais o processo de aprendizagem se baseia, estão disponíveis através de um meio próprio do hipertexto;
  • Como o progresso de aprendizagem é influenciado pela estrutura da representação do conhecimento, a estrutura de capítulos, páginas e parágrafos de documentos de hipertexto são apresentados através de um princípio de ordem tão facilmente compreensível ao aprendiz quanto possível. Freqüentemente uma metáfora de livro para a apresentação do conhecimento textual é útil e recomendável;
  • Estratégias de aprendizagem diferem porque dependem do conhecimento anterior do aprendiz, preferências individuais do aprendiz e metas. Levando-se isto em consideração, o mesmo conteúdo é acessível de modos diferentes em um mesmo aplicativo;

2.5.2. Avaliação do Conhecimento

  • Diálogos de aprendizagem não são limitados a questões fechadas (como nas perguntas de múltipla escolha, marcação correta de objetos), mas também contêm questões em aberto (texto livre);
  • A análise de entrada de texto livre é sólida, tolerante em relação à soletração e também apoia sinônimos;
  • A avaliação de respostas a perguntas em aberto funciona bastante bem;
  • A avaliação de respostas de usuário é construtiva, isto é, uma explicação é oferecida, de preferência a uma negativa;
  • Os diálogos de aprendizagem são orientados em situações realistas de exames médicos e usam padrões de prática profissional;
  • O que foi digitado em texto pode ser corrigido antes que seja analisado pelo sistema (primeiro edita depois envia);
  • Simulações representam uma situação tão realisticamente quanto possível, focalizando os elementos notáveis e processos e se for necessário, têm suporte de dados fotográficos e gráficos;
  • Visualizações e simulações próximas da realidade são criados de um modo que possam ser compreendidas ao nível de experiência do aprendiz;
  • Espaços para preencher estão ligadas a um problema especial e são capazes de serem trabalhadas após serem apresentadas;
  • Tarefa Orienta a Resolução de Problemas são incluídas no processo de aprendizagem são adequadas ao tópico e assim, solidificam bem como reforçam o conhecimento recém adquirido;
  • Exemplos concretos e estudos de casos facilitam a aprendizagem de novos conceitos;
  • Avaliação do conhecimento integrado ao meio ambiente da aprendizagem dá ao aprendiz, por um lado, retro-alimentação sobre o processo de aprendizagem e, por outro lado, permite ao usuário uma medida de controle do caminho da aprendizagem;
  • A técnica de avaliação de conhecimento é adaptada ao caráter total do sistema e, se necessário, ultrapassa as questões puramente baseadas em texto. Por exemplo, se técnicas interativas, tais como simulações são aplicadas para uso pedagógico, então tais técnicas são usadas no exame do conhecimento também;
  • Exame do conhecimento adquirido é orientado para modalidades de real avaliação e seqüências de testes;
  • Métodos de avaliação consideram os seguintes aspectos:
    • Reforço positivo;
    • Variedade;
    • Formulação significativa de distraídos em questões de múltipla-escolha;
    • Índice progressivo de sugestões para a solução correta;
    • Apresentação inteligente de questões também dependente do comportamento de respostas passadas;
    • Apresentações de perguntas também aparecem casualmente como "exames orais";
    • Omissão de questões;
    • Possibilidade de alcançar a solução correta;
    • Retro-alimentação gráfica e textual sobre o processo da aprendizagem;
  • Após terminar as unidades individuais de aprendizagem, uma síntese da avaliação da sessão estará disponível;

2.5.3. Diálogo / Navegação

  • A orientação dentro do caminho da aprendizagem é possível a qualquer hora;
  • Capítulos completos ou módulos são marcados também;
  • Sessões de treinamento podem ser interrompidas, sintetizadas ou abortadas a qualquer hora. Após a interrupção o ponto de reentrada é facilmente acessível;
  • O número de opções oferecidas ao usuário depende do grupo-alvo. Para iniciantes "uma navegação guiada" exigindo pouca opções de intervenção por parte do usuário pode ser oferecido;
  • O número e tipo de opções também depende do conteúdo do aplicativo. Em sistemas de treinamento, onde a compreensão dos conteúdos exige uma estrita progressão lógica, o número e o tipo de opções não deixa o usuário perdido;
  • As possibilidades de escolha oferecidas em um nível de iniciante será progressiva e deve ser parte do design do programa

2.5.4. Motivação

Elementos dramáticos são usados como motivadores (encaixando os conteúdos numa história, simulação, representação teatral, elementos de suspense, costumes, humor, questões retóricas). A seleção destes elementos ocorre de acordo com o comportamento de comunicação do grupo-alvo. 

2.6. Atualizações

O sistema permite modificações parciais dos conteúdos possibilitando aos usuários a adicionar sua própria informação (por exemplo, casos).
 


3. Literatura

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  23. Riehm U (1992). Elektronisches Publizieren: eine kritische Bestandsaufnahme. Berlin, Heidelberg: Springer. 
  24. Rogers Y, Scaife M (1997): How can Interactive Multimedia facilitate Learning? In: Lee J (ed.): Intelligence and Multimodality in Multimedia Interfaces: Research & Applications. AAAZ Press, CA. 
  25. Schulmeister R (1996). Grundlagen hypermedialer Lernsysteme. Theorie - Didaktik - Design. Bonn: Addison-Wesley. 
  26. Selbmann HK (1990). Validierung von Software und Teachware. In: Baur M, Michaelis J (eds.): Computer in der Ärzteausbildung. München: Oldenbourg. 165-173. 
  27. Shneiderman, B (1997). Designing the User Interface - Strategies for Effective Human-Computer Interaction. Reading, Mass: Addison-Wesley. 
  28. Thomé D (1989). Kriterien zur Bewertung von Lernsoftware. Mit einer exemplarischen Beurteilung von Deutsch-Lernprogrammen. Heidelberg: Hüthig. 
  29. Tognazzini B (1997). Tog on Interface. Apple Computer, Inc. 
  30. Weinschenk S (1997). GUI design essentials for Windows 95, Windows 3.1, World Wide Web. New York: John Wiley & Sons. 
  31. Williams R (1994). The Non-Designer's Design Book. Reading, Mass: Addison-Wesley. 


4. Agradecimento 

Desejamos agradecer a ... 

Henriette Beran (Viena), Gui Bonsiepe (Colônia), Christoph Daetwyler (Berna), Vera Dammann (Giessen), Johannes Dietrich (Munique), Florian Eitel (Munique), Michael Esser (Eppelheim), Josef Ingenerf (Lübeck), Georg Koch (Freiburg), Ralf Köster (Göttingen), Göran Petersson (Lund), Tina Reinhard (Würzburg), Michael Schmidts (Viena), Richard Wagner (Giessen) pelas importantes sugestões, idéias, materiais e críticas e a ... 

Mary Tavares de Azevedo e Claudio Teixeira (Campos dos Goytacazes) pela tradução.